quarta-feira, 20 de junho de 2012

Procurar reconhecer as semelhanças e diferenças entre Goya, Theodore Géricault , Eugene Delacroix, Auguste Rodin - Alba e Matheus



Todos pintam a realidade, mas Theodore Géricault e Eugene Delacroix em um sentido mais denotativo, Goya e Auguste Rodin pintam em um estilo mais conotativo, todos realçam bem o homem e suas características, tanto físicas como emocionais, mostram a pobreza e também a riqueza de formas diferentes e variadas. Theodore Géricault e Eugene Delacroix pintam com cores mais escuras e pinceladas mais finas. Goya pinta com tintas mais claras e também pinceladas finas, passando a idéia de tristeza. Auguste Rodin tenta passar o homem de varias formas em sua arte, seja com ações ou com expreções.

2. A música popular romântica hoje - Alba e Matheus



a)  Escolher e reproduzir canções populares chamadas  “românticas” e fazer uma análise delas a partir das características do Romantismo.
Fazia dois dias que eu não te via  
E parecia que eu te conhecia há muito tempo
E nessa altura eu nem dormia mais direito
Com aquele desejo imenso dentro do coração
Cansado de perder-se em ilusões
Afinal pra que recordar o que chorou
Mas o simples fato de te ver de novo
Era tão desesperadamente necessário pra mim
Enquanto lá fora fazia aquele dia lindo
Não sabia mais o que fazer dentro desse apartamento
E aquela imagem ainda que triste e louca
Foi o que me fez sorrir
Eu preciso te dizer o quanto você
Me faz feliz, me faz feliz
Me dê sua mão
E vamos sair por ai
Esquecer o que passou
E vamos sair por ai
Me dê sua mão
E vamos sair por ai
Esquecer o que passou
E vamos sair por ai
  • A música trata de um homem que está morrendo de saudade de uma mulher, e quer que essa mulher volte para ele. O exagero que se revela na música é uma característica muito forte no romantismo.
b)  Comparar as canções aos textos românticos : identificar semelhanças e diferenças.

"Não sei como nasce um sentimento mais sei que se formos parar e pensar o sentimento acaba indo pro esquecimento. Mas como ha paixão que não vira amor? E amor que é amor nunca morre, as vezes fica na lembrança e reacende apartir do instante em que ambos se reencontram. Mas com voçê foi diferente, bastou apenas um olhar e pronto fui hipnotizada e me entregaria de corpo e alma a voçê naquele mesmo momento!"
  • Nesse texto e na música de Wilson Simoninha tem muito do exagero para com os acontecimentos e sentimentos, e essa é uma grande característica do romantismo. Já as diferenças é que elas tratam de assuntos diferentes como por exemplo a música fala que um homem está sofrendo e implorando para que seu amor volte, já o texto fala do sentimento exagerado que sente por aquela pessoa que no caso esse sentimento é o Amor.

Álvares de Azevedo - Alba e Matheus



a)      Pesquisa sobre o autor:
Álvares de Azevedo (1831-1852)é a principal expressão da geração ultra-romântica da nossa poesia. Paulista, fez seus primeiros estudos no Rio de Janeiro e cursava o quinto ano de Direito em São Paulo quando sofreu um acidente(queda de cavalo)cujas complicações o levaram à morte aos 20 anos de idade.
O escritor cultivou a poesia, a prosa e o teatro. Toda a sua produção – sete livros, discursos e cartas – foi escrita em apenas quatro anos, período em que era estudante universitário. Tendo deixado uma obra de qualidade irregular no conjunto, mas de grande significado na evolução da poesia nacional. A característica intrigante de sua obra reside na contradição – talvez a contradição de si mesmo, que fazia com que ele próprio se sentisse como um adolescente, que se enquadra no dualismo característico da linguagem romântica, visível nas partes que formam sua principal obra poética Lira dos vinte anos, cujas primeira e terceira partes mostram um Álvares de Azevedo adolescente, casto, sentimental e ingênuo.
b)      O que podemos entender com a Antítese personificada: Uma antítese é uma idéia com temas opostos. Ou seja, uma antítese personificada é uma pessoa que tem opiniões distintas, idéias que são opostas.
c)      Análise do poema: “Idéias íntimas” O poema mistura vários estilos, essa leitura o aborda como um momento de revisão de diversas posturas poéticas na busca de uma única, uma legitima poesia do século XIX configurando como um drama. 
d)      Encontre a ironia no poema “É ela! É ela! É ela! É ela!”: A Ironia é o homem amar exageradamente uma mulher que tem roupas rasgadas e sujas. Invés de escrever bilhetes de amor escreve uma lista de roupas para lavar. Ele ironiza o amor e o sentimento exagerado do romantismo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Análise do poema: “Idéias íntimas”, de Álvares de Azevedo - Beatriz e Tobias

A presente leitura de “Ideias Íntimas”, poema da Lira dos vinte anos (1853), de Álvares de Azevedo,pretende rastrear os elementos que conferem um andamento dramático ao texto, tendo por pressupostos a conhecida filiação do poeta ao prefácio Do grotesco e do sublime (1827), de Victor Hugo, que debate, além das categorias estéticas de seu título, a concepção dramática ideal do ponto de vista romântico, além do sentimento patético presente no poema alvaresiano e a movimentação do eu pelo espaço da casa e seu apego aos objetos. Com base na interpretação de Cilaine Alves, que aborda“Ideias Íntimas” como sendo um “poema miscelânea”, mistura de estilos, e a de Vagner Camilo, que o toma como um texto de cunho meditativo, nossa leitura o aborda como um momento de revisão de diversas posturas poéticas na busca de uma única, que legitime a poesia no século XIX configurando,assim, um pequeno “drama”

Inter-relação entre as artes plásticas e o Romantismo: Pesquisar as obras de Goya, Theodore Géricault, Eugene Delacroix, Auguste Rodin - Beatriz e Tobias


Eles eram pintores que utilizavam dos bons pensamentos, do sentimento para construir sua obras. Participaram do Romantismo Francêsforam bastantes inspirados por : Michelangelo, Peter Paul Rubens Associavam suas pinturas com o regime romantico.
Goya- Em suas obras possuía várias visões: a crítica a realeza, e representando o sofrimento humanorepresentava uma idéia de princípios clássicos, como também expressava em seus quadros as fobias humanas e as fantasias sombrias.
Theodore Géricault -Um dos principais lìderes românticos, seus quadros trouxeram polêmica, doença e desespero ao regime romântico. Um tempo depois, volta a fazer quadros inspirados da sua grande admiração por cavalos. Longo após de ser enternado por tentar suicidar- se, volta a fazer quadros de loucura e desespero. 

Eugene Delacroix-Suas obras foram representadas por expressões sentimentalismo, refinamento, cromática e simbolística. As idéias do romantismo são também muito expressadas nos quadros de Delacroix, como, intenso e apaixonado. Usou temas religiosos, exóticos, políticos, históricos e cotidianos. 

Auguste Rodin-
Teve uma grande influência no impressionismo e do simbolismo. Interresou-se sua vida por artes plásticas, desde pequeno sempre gostou de esculturas. Era um ornamentista, prático, e modelador. Usava em seus trabalhos a idéia de criação do mundo imperfeito. 

Apontar as poesias que podem ser consideradas exemplos de humor e exemplos de sátira - Beatriz e Tobias

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vós tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido,
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
Gloria tal, e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino, 

Perder na vossa ovelha a vossa glória
       -Gregório de Matos

Alba e Matheus

a) Pesquisar a obra de outros poetas românticos brasileiros da época, Fagundes Varela:
Cântico do Calvário
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. — Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,
O porvir de teu pai! — Ah! no entanto,
Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engoliu-te o temporal do norte!
Teto, caíste! — Crença, já não vives!

Correi, correi, oh! lágrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que é morto!
Correi! Um dia vos verei mais belas
Que os diamantes de Ofir e de Golgonda
Fulgurar na coroa de martírios
Que me circunda a fronte cismadora!
São mortos para mim da noite os fachos,
Mas Deus vos faz brilhar, lágrimas santas,
E à vossa luz caminharei nos ermos!
Estrelas do sofrer, — gotas de mágoa,
Brando orvalho do céu! — Sede benditas!
Oh! filho de minh'alma! Última rosa
Que neste solo ingrato vicejava!
Minha esperança amargamente doce!
Quando as garças vierem do ocidente
Buscando um novo clima onde pousarem,
Não mais te embalarei sobre os joelhos,
Nem de teus olhos no cerúleo brilho
Acharei um consolo a meus tormentos!
Não mais invocarei a musa errante
Nesses retiros onde cada folha
Era um polido espelho de esmeralda
Que refletia os fugitivos quadros
Dos suspirados tempos que se foram!
Não mais perdido em vaporosas cismas
Escutarei ao pôr do sol, nas serras,
Vibrar a trompa sonorosa e leda
Do caçador que aos lares se recolhe!

Não mais! A areia tem corrido, e o livro
De minha infanda história está completo!
Pouco tenho de anciar! Um passo ainda
E o fruto de meus dias, negro, podre,
Do galho eivado rolará por terra!
Ainda um treno, e o vendaval sem freio
Ao soprar quebrará a última fibra
Da lira infausta que nas mãos sustento!
Tornei-me o eco das tristezas todas
Que entre os homens achei! O lago escuro
Onde ao clarão dos fogos da tormenta
Miram-se as larvas fúnebres do estrago!
Por toda a parte em que arrastei meu manto
Deixei um traço fundo de agonias! ...

Oh! quantas horas não gastei, sentado
Sobre as costas bravias do Oceano,
Esperando que a vida se esvaísse
Como um floco de espuma, ou como o friso
Que deixa n'água o lenho do barqueiro!
Quantos momentos de loucura e febre
Não consumi perdido nos desertos,
Escutando os rumores das florestas,
E procurando nessas vozes torvas
Distinguir o meu cântico de morte!
Quantas noites de angústias e delírios
Não velei, entre as sombras espreitando
A passagem veloz do gênio horrendo
Que o mundo abate ao galopar infrene
Do selvagem corcel? ... E tudo embalde!
A vida parecia ardente e douda
Agarrar-se a meu ser! ... E tu tão jovem,
Tão puro ainda, ainda n'alvorada,
Ave banhada em mares de esperança,

Rosa em botão, crisálida entre luzes,
Foste o escolhido na tremenda ceifa!
Ah! quando a vez primeira em meus cabelos
Senti bater teu hálito suave;
Quando em meus braços te cerrei, ouvindo
Pulsar-te o coração divino ainda;
Quando fitei teus olhos sossegados,
Abismos de inocência e de candura,
E baixo e a medo murmurei: meu filho!
Meu filho! frase imensa, inexplicável,
Grata como o chorar de Madalena
Aos pés do Redentor ... ah! pelas fibras
Senti rugir o vento incendiado
Desse amor infinito que eterniza
O consórcio dos orbes que se enredam
Dos mistérios do ser na teia augusta!
Que prende o céu à terra e a terra aos anjos!
Que se expande em torrentes inefáveis
Do seio imaculado de Maria!
Cegou-me tanta luz! Errei, fui homem!
E de meu erro a punição cruenta
Na mesma glória que elevou-me aos astros,
Chorando aos pés da cruz, hoje padeço!

O som da orquestra, o retumbar dos bronzes,
A voz mentida de rafeiros bardos,
Torpe alegria que circunda os berços
Quando a opulência doura-lhes as bordas,
Não te saudaram ao sorrir primeiro,
Clícía mimosa rebentada à sombra!
Mas ah! se pompas, esplendor faltaram-te,
Tiveste mais que os príncipes da terra!
Templos, altares de afeição sem termos!
Mundos de sentimento e de magia!
Cantos ditados pelo próprio Deus!
Oh! quantos reis que a humanidade aviltam,
E o gênio esmagam dos soberbos tronos,
Trocariam a púrpura romana
Por um verso, uma nota, um som apenas
Dos fecundos poemas que inspiraste!

Que belos sonhos! Que ilusões benditas!
Do cantor infeliz lançaste à vida,
Arco-íris de amor! Luz da aliança,
Calma e fulgente em meio da tormenta!
Do exílio escuro a cítara chorosa
Surgiu de novo e às virações errantes
Lançou dilúvios de harmonias! — O gozo
Ao pranto sucedeu. As férreas horas
Em desejos alados se mudaram.
Noites fugiam, madrugadas vinham,
Mas sepultado num prazer profundo
Não te deixava o berço descuidoso,
Nem de teu rosto meu olhar tirava,
Nem de outros sonhos que dos teus vivia!

Como eras lindo! Nas rosadas faces
Tinhas ainda o tépido vestígio
Dos beijos divinais, — nos olhos langues
Brilhava o brando raio que acendera
A bênção do Senhor quando o deixaste!
Sobre o teu corpo a chusma dos anjinhos,
Filhos do éter e da luz, voavam,
Riam-se alegres, das caçoilas níveas
Celeste aroma te vertendo ao corpo!
E eu dizia comigo: — teu destino
Será mais belo que o cantar das fadas
Que dançam no arrebol, — mais triunfante
Que o sol nascente derribando ao nada
Muralhas de negrume! ... Irás tão alto
Como o pássaro-rei do Novo Mundo!

Ai! doudo sonho! ... Uma estação passou-se,
E tantas glórias, tão risonhos planos
Desfizeram-se em pó! O gênio escuro
Abrasou com seu facho ensangüentado
Meus soberbos castelos. A desgraça
Sentou-se em meu solar, e a soberana
Dos sinistros impérios de além-mundo
Com seu dedo real selou-te a fronte!
Inda te vejo pelas noites minhas,
Em meus dias sem luz vejo-te ainda,
Creio-te vivo, e morto te pranteio! ...

Ouço o tanger monótono dos sinos,
E cada vibração contar parece
As ilusões que murcham-se contigo!
Escuto em meio de confusas vozes,
Cheias de frases pueris, estultas,
O linho mortuário que retalham
Para envolver teu corpo! Vejo esparsas
Saudades e perpétuas, — sinto o aroma
Do incenso das igrejas, — ouço os cantos
Dos ministros de Deus que me repetem
Que não és mais da terra!... E choro embalde.

Mas não! Tu dormes no infinito seio
Do Criador dos seres! Tu me falas
Na voz dos ventos, no chorar das aves,
Talvez das ondas no respiro flébil!
Tu me contemplas lá do céu, quem sabe,
No vulto solitário de uma estrela,
E são teus raios que meu estro aquecem!
Pois bem! Mostra-me as voltas do caminho!
Brilha e fulgura no azulado manto,
Mas não te arrojes, lágrima da noite,
Nas ondas nebulosas do ocidente!
Brilha e fulgura! Quando a morte fria
Sobre mim sacudir o pó das asas,
Escada de Jacó serão teus raios
Por onde asinha subirá minh'alma.
Assim como Álvares de Azevedo ele usa muito da Ironia e do contraste de idéias.
b) Produção de poemas nos moldes dos Ultrarromânticos.  
Sem você eu não sou nada
Sou como um pássaro sem asas
Sem você não posso amar
Sem você não posso voar

Sentir saudades suas é uma dor sem fim
Não sei como meu coração agüentará
Dói de imaginar
Chorar não bastara

Mia quando você se for
Meu coração se vai também
Não sobra amor
Não amarei mais ninguém